quinta-feira, 27 de março de 2014

Fruto do Espírito: GOZO

Todos nós queremos permanecer alegres. Quando somos alegres sentimo-nos felizes. Mas, por vezes, as circunstâncias abundam de tal forma em nós, que infiltram no nosso ser sentimentos de tristeza e dor. Se nos deixarmos dominar por estes, vamos tornar-nos em pessoas tristes e ressentidas. O nosso gozo vai desvanecendo-se e tonando-se num gigante problema, pois para além de colocar em causa o nosso bem-estar, impede vermos a realidade sabiamente, segundo a vontade de Deus . Qual a solução, então?
Da mesma forma como Jesus é o exemplo supremo de amor, é também o exemplo supremo de gozo. Jesus teve gozo pleno e constante mesmo diante do sofrimento tão atroz da cruz onde foi crucificado. (Hebreus 12:2) Gozo é a profunda e perfeita realidade do seu ser. Assim, a solução surge através da pessoa de Jesus Cristo, isto é, o nosso gozo não pode depender das circunstâncias exteriores, ainda que estas promovam sentimentos de alegria ou tristeza. O nosso gozo é o gozo de Cristo, e nisto permanece sempre constante e permite que sejamos perpetuamente regozijados, pois temos uma esperança e motivação eternas. Temos a vida eterna. Que alegria fantástica mesmo quando refletimos apenas por 5 segundos nisto! Que tal refletir nisto mais vezes? Seriamos mais alegres, não?
Bem, ainda está escrito: "A minha graça te basta, pois o poder se aperfeiçoa na fraqueza'' (2 Coríntios 12:9). Eu gosto particularmente deste versículo, pois é uma expressão fantástica de onde devemos localizar todo o nosso gozo. O meu gozo ao se basear na verdade de Deus, isto é, na sua graça, permite que por mais tribulações que venham eu vou permanecer alegre, na certeza ainda que Ele estará sempre comigo.  Além disto, Deus tem um propósito para todas as coisas e se algo acontece não é obra do destino. Devemos buscar a perspectiva de Deus em qualquer circunstância, tendo em conta que a Sua soberania e amor incondicional vão além do nosso entendimento.
Compreendemos então que o gozo é algo intrínseco, ou melhor, é nos dado através da obra do Espírito Santo que habita em nós, sendo por isso um dos gomos do fruto do Espírito que Deus quer cultivar em nós.

Como posso ter gozo em todas as alturas?
- Se me falta o gozo, devo questionar o porquê dessa falta. Porque não sinto gozo? Porque algo me impede de ser alegre se eu tenho uma alegria que jamais alguém me pode tirar? Estou a confiar em Deus? O que me impede de o fazer? Medo? Ansiedade? Frustração?
- Falar com Deus, entregando toda a fonte de tropeço no meu gozo;
- Desfocalizar-me do que me tira o gozo e centralizar a minha vida na pessoa de Jesus Cristo, recordando o porquê dEle ser o meu gozo;
- Glorificar a Deus na forma como reajo a qualquer circunstância, sendo branda e moderada, através do gozo de Jesus em mim.

"Regozijai-vos sempre no Senhor; Outra vez vos digo: Regozijai-vos!" (Filipenses 4:4)


segunda-feira, 24 de março de 2014

Fruto do Espírito: AMOR


Jesus é o exemplo supremo de amor. Ele morreu por nós, carregando os nossos pecados. Neste sacrifício perfeito, eu devo desejar incansavelmente ser mais como Ele, pois Cristo é a expressão perfeita do amor de Deus. Em Marcos 12:30-31, Jesus afirma que devemos amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e de todas as nossas forças. Amar a Deus, com tudo aquilo que somos e temos, a cada segundo.
Além disto, devemos ainda amar o nosso próximo tal como a nós mesmos, ou seja, todo aquele que caminha diariamente connosco mesmo que nos faça bem ou mal. Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros, em amor. (Efésios 4:2).

Pensando nisto, é realmente necessário fundamentar o amor na vontade, e não nas circunstâncias ou sentimentos, pois se fosse por estes o nosso amor jamais seria constante e verdadeiro, uma vez que, quer as circunstâncias quer os nossos sentimentos vão mudando. Uma forma real de demonstrar amor é entregarmo-nos ao serviço em favor de outros, isto é, procurar ao máximo desenvolver relacionamentos baseados em amor, e nisto o Espírito Santo que trabalha em nós é essencial. 

sexta-feira, 14 de março de 2014

Direitos e deveres do cristão



“E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e obas obras…” Hebreus 10:24 

Hoje é dia de refletir sobre a nossa preocupação e ajuda para com os irmãos. Numa sociedade individualista como a nossa, isto é, onde cada um se preocupa consigo mesmo porque apenas dará conta por si não é de admirar frases como “Deixem estar que eu tomo conta da minha vida!” ou “Eu é que sei o melhor para mim!”. Isto é próprio da reação humana ao individualismo, é uma atitude carnal, egoísta e frustrada acerca dos nossos direitos e deveres enquanto sociedade. A Bíblia, porém mostra-nos que enquanto filhos de Deus estamos inseridos numa sociedade particular que é a igreja e que os nossos direitos e deveres não são os regentes da sociedade universal. Por isso, contraponto a ideia individualista da sociedade, dentro da igreja os nossos direitos e deveres estão em encontrar o melhor para o meu irmão procurando uma ideia de unidade e comunhão no grupo, e por isso temos o direito e dever de interferir com a vida de um irmão se for para o estimular ao amor e as boas obras. Se lá fora podemos encontrar pessoas que digam “eu tomo conta de mim” ou “cada um sabe de si mesmo”, não deveríamos encontrar essas frases no seio eclesiástico, porque a palavra de Deus manda-nos considerar-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor (a Deus e aos outros) e às boas obras (sejam elas dentro da igreja ou fora da igreja). Assim, é importante reformular os nossos direitos e deveres enquanto membros da igreja de Cristo em prol do espírito de grupo, e consequentemente da igreja local:

- Eu tenho o direito de ser amado pelo meu irmão mesmo que eu não queira
- Eu tenho o direito de amar o meu irmão mesmo que ele não queira;
- Eu tenho o dever de considerar e exortar o meu irmão;
- Eu tenho o dever de deixar ser considerado e exortado pelo meu irmão.

Quantas vezes nossos irmãos querem nos amar mas nós por orgulho não queremos ser amados? E se mesmo assim eles nos amassem? Quantas barreiras se quebrariam nas nossas vidas? E se nós continuássemos a amar mesmo que o nosso irmão insista que não quer ser amado? E como estaria a igreja se todos nós considerássemos os outros e deixássemos que os outros nos considerássemos para todos estarem firmes no amor e exercitando boas obras? Como seria a igreja se tudo isto acontecesse?

quinta-feira, 6 de março de 2014

Romanos 12:1-2



“Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. “ Romanos 12:1,2

O apóstolo Paulo mais que uma vez exorta os crentes a transformar a nossa mente. Porque ele diz isso? Ele diz isto porque nós enquanto seres humanos temos um papel ativo na maneira como nos aperfeiçoamos à semelhança de Deus – aquilo que nós chamamos de santidade. Isto quer dizer que está nas nossas mãos querer procurar o caminho da santidade ou querer procurar o caminho do pecado do mundo. Para chegarmos à santidade dependemos do Espirito Santo inteiramente, porque é Ele que faz a obra, no entanto não podemos ignorar o nosso papel na transformação do nosso modo de pensar para experimentarmos a perfeita vontade de Deus. Sem a santidade que nos é pedida não podemos experimentar a perfeita vontade de Deus. E por isso que o autor de Hebreus nos diz: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (HB 12:14)
Sem a transformação da nossa mente que está cheia de pecado, corrupção, malicia, ira, ressentimento não poderemos ver o Senhor, muito menos experimentar qual é a vontade dEle para a nossa vida. Esse é o maior risco de levarmos uma vida mundana – na sua vida não poderá experimentar aquilo que Deus quer para si, nem poderá entender as maiores profundezas da Sua vontade – porque se não está trabalhando para a santificação, você não pode ver o Senhor nem o que Ele quer! Assim torna-se impetuoso procurar transformar a nossa mente, renová-la, buscar as coisas de cima para que possamos ver o Senhor e experimentar a Sua perfeita vontade.